sábado, 10 de setembro de 2011

Lembrei !!!!!


Hoje o causo é bem mais um desabafo.

Lendo a respeito da situação do Paraná, me lembrei quando eu, o Franco e outros amigos fazíamos vaquinha para os jogadores terem ao menos uma cesta básica para levar a suas familias.

Lembrei quando a Majestade do Arco (Caju) me pediu para organizar com a torcida a limpeza de rosetas do gramado do Joaquim Américo, pois não tínhamos dinheiro nem crédito na praça para contratar um simples jardineiro.

Lembrei as inúmeras vezes em que íamos atrás do time do CAP Brasil afora e sempre me perguntaram quem era este tal de Atlético?????

Lembrei que quando ouvíamos noticias a nível nacional do CAP fazíamos festa… Ao menos falavam da gente.

Lembrei da falta de camisas, de meias e de calções que vivíamos anos e anos afim.

Lembrei dos improvisos de patrocínio, como papel higiênico Mili, Janjão, Ficap, e por ai ia. Patrocínio de atleticanos para seu time de coração, patrocínios estes às vezes costurados a mão pela querida Sônia Nasser, ali na antiga sala do conselho.

Lembrei das camisas e calções desbotados e remendados.

Lembrei que o que queríamos era ao menos ficarmos entre os dez melhores do brasileiro e ganharmos mais jogos do que perdíamos. E se ganhássemos
algum paranaense era o máximo.

Lembrei principalmente do senhor que após mais uma derrota frente aos verdes falou que tudo estava errado, que tudo tinha que mudar, falou tudo durante horas, hipnotizando a todos com suas afirmacões diretas e verdadeiras.

Lembrei que o referido senhor assumiu por aclamação um Atlético falido e sem crédito algum nem no bar da praça Afonso Botelho.

Lembrei que o referido senhor me chamava a atenção pela arrogância a prepotência, até a maneira curta e direta de afastar pessoas que a muito tinham transformado o Atlético em sua fonte de renda.
Lembrei da briga direta com a Rede Globo.

Lembrei como a Rede Globo tentou destruir o Atlético.

Lembrei de quando toda a crônica se uniu contra o Atlético (estava crescendo demais).

Lembrei  deste senhor louco que dizia que teríamos CT,estádio, respeito, títulos e por aí ia e vai.

Lembrei das cobranças descabidas feitas contra sua pessoa, torcida, crônica, políticas.

Lembrei da campanha do mau caráter do Airton Cordeiro, que tentou e tenta destruir nosso Atlético por causa de uma briga política por ocasião da eleiçao do senhor Jaime Lerner.

Lembrei de tudo isso, toda esta briga, todas estas conquistas que tivemos em 13 anos, para da noite pro dia vermos um cidadão fazer uma das coisa mais tristes que um ser humano pode fazer, que é trair seus amigos, jogar pela janela anos e anos de planejamento e voltarmos à época do faz me rir, em que não tínha-mos respeito nenhum, nem crédito.

O meu maior medo é vermos os sonhos de um verdadeiro visionário, o senhor Mário Celso Petraglia, e de toda uma torcida, serem jogados fora, sem mais nem menos.

Vemos hoje o senhor Ocimar (paranista) Bolicenho destruir toda a infraestrutura do Atlético, coisa que ele falava fazer quando era presidente do Paraná.

Deixo a todos vocês uma só pergunta:

Dá pra acreditar em um presidente que trai seus amigos de anos e contrata um ex-presidente de clube adversário como principal responsável pelo futuro do nosso Atlético?

O Machão Verdinho

É mais ou menos como se fosse uma fabula da borboleta. Mas, infelizmente, para mim verdadeira.

Há muito e muito tempo atrás, os verdinhos tinham entre um de seus membros um sujeito extremamente alto e forte. Metido a bater em tudo e todos. Era o terror em jogos dos verdinhos. Brigava com 3 ou 4 numa boa.

Eu, que de bobo nao tinha nada, sempre o evitava mas sempre notava que ele me olhava direto nos olhos e nao parava de me encarrar. Isso era sempre!

Com o tempo fui ficando meio que até com medo dele, pois as encaradas só aumentavam e eu via a hora em que ia tomar uma baita surra dele.

Nestas coisas da vida... Um belo dia estou na nossa Rua XV quando vejo o machão verdinho vindo em minha direçao. Mas que ligeiro, saio andando tentando escapar da provavel surra que ia levar. Vira daqui, vira de lá e nada. Ele sempre atrás de mim e cada vez mais perto.

Já sem alternativas resolvi parar e encarrar o bicho ..............

Ele veio cada vez maior e parou em minha frente. Me olha de cima em baixo, dá um tempo e fala: "Pô você saiu rápido. Eu só quero conversar com vc. Faz tempo que quero conversar com você, sempre achei você um cara bonito, simpático e tenho que te confesar: há muito tempo quero ver se conseguia ficar junto com você e quem sabe ir até meu ap para conversarmos e ..... sei lá nos conhecermos melhor."

Só aí eu compreendi o que ele queria: não era me bater, era soltar a borboleta que anciava bater asas de dentro dele.

Mais que ligeiro, e procurando não ofender o mordedor de fronha, fui descartando o assunto mostrando a ele que meu time era outro e que mesmo não tendo nada contra, não fazia minha praia.

Depois de muitos anos soube que o dito machão tinha mudado para São Paulo onde tinha se casado com um famoso travesti.

E o que digo: atrás de todo machão batedor, bate mesmo as asas de belas borboletas coloridas e carinhosas.

O Homem Montanha!!!!


Vou contar a vocês este caso como me foi contado pelo brilhante urologista JULIO GOMEL, atleticano de 5 costados e ex-dirigente, ex-presidente, ex-medico do Clube Alético Paranaense e o melhor que uma pessoa pode ser. Ele, Dr Julio Gomel,é.

Final da década de 50, nosso Atlético - mais uma vez - na pindaiba quando um grupo de atleticanos teve a idéia de fazer uma sauna ali no antigo (na época novo) ginásio. Pois o espaço ficava parado a maior parte do ano.

Bem, compraram todo o equipamento (vejam bem, os torcedores), pagaram a instalação e fizeram um coquetel de inauguração.

Marcaram para este mesmo dia uma exibição de Tele-Cath (luta livre), resumindo, diversas atrações.

Uma delas era o Homem Montanha. Vou tentar descrever a figura: mais ou menos 1,95 de altura e pesando seus 180 kilos, era extremamente forte.

Bem, os lutadores chegaram antes e o Homem Montanha foi usar o vaso sanitário. Usou, saiu e a vida que segue.

Lá pelas tantas começou a vir um cheiro estranho do banheiro, que ficava dentro na entrada do ginásio. O Dr Julio e mais algumas pessoas foram ver o que era. Se depararam com  um troço de mais ou menos uns 2kls e 15 cn de largura entalado no vaso e que fedia terrivelmente.

Chamaram o rapaz para limpar e dá-lhe  limpar o vaso, puxar a descarga e dá-lhe descarga, e nada do troço sair dali. Resumindo: após mais de uma hora do troço entalado ali e de se usar de tudo e não conseguir desentupir... Desistiram e foram tentar fazer a sauna começar a funcionar.

Mas, usaram tanta água para tentar desentupir o vaso sanitário, que acabou e não puderam inaugurar a sauna.

Formou-se uma verdadeira romaria ao banheiro para ver o troço do Homem Montanha. Se tivessem cobrado pela visitação teriam ganho muito mais do que vieram a ganhar com a sauna.

Bem a inauguraçao foi de uma sauna, mais a grande atração foi o troço do Homen Montanha

A Gaveta de 1978 ?????

Depois de perder o título de 78, foi descoberto que o goleiro na época tinha  jantado com o tal feiticeiro em Santa Felicidade e com, nada mais nada menos que, Evangelino (que o lá de baixo o tenha em um bom caldeirão), isso 2 dias antes de começar as 3 partidas da decisão.

Tínhamos o melhor time, tínhamos o tesão da torcida engasgada com 8 anos sem títulos e loucos pra ganhar dos verdes.

Pelo sim pelo não... Perdemos com no mínimo 5 jogadores jogando todas as partidas abaixo da crítica e o treinador fazendo de tudo para perder para os verdinhos.

Não posso afirmar que este jantar teve algo a ver com isso, mas... Que ficou estranho ficou.

Tive o prazer de falar por mais de uma hora com o presidente Luck e, este chegando a chorar, me contou do jantar, dos pedidos de pagamento em dólares que certos jogadores fizeram se não nem entrariam nos jogos e o mistério: estes mesmos foram os que se esconderam nos 3 jogos da final... Foi  no mínimo estranho!

Daí, vai que o Atlético joga na Baixada contra o Matsubara (Meu Deus, lembram deste time???) e com 15 minutos de jogo já perdia por 2 a 0.

Eu, que já sabia da historia, peguei um alicate e cortei parte do alambrado (gol de fundo). Entrei e não deixei mais ninguém entrar. Eles deveriam esperar meu sinal, daí sim entrariam.

O goleiro, que gostava de assinhas de frango, polenta e jantar com o inimigo, estava ali no gol de fundo comendo o 3º gol do Matsubara.

Quando me viu, não sei o que pensou, mas fui bem juntinho a trave e disse a ele: "Assim que acabar o primeiro tempo, você vai tomar um pau que nem a Santa Casa vai te aceitar...". Ele não respondeu nada. Ninguém da diretoria iria intervir, já estava tudo acertado.

O juiz apitou o intervalo. Me virei pra dar o sinal. Mas, quando virei de nova para o goleiro, ele já estava quase dentro do vestiário.

Ah, já ia me esqueçendo... Antes, ele já havia levado uma das maiores chuvas de talco que já vi. Todos atiravam seus saquinhos em direção a ele...

Corri atrás... A torcida não pôde entrar, pois a policia impediu... Dai, todos foram correndo pela reta em direção ao ginásio para cobrir de porrada o goleiro.

O goleiro? Soube depois que entrou correndo no vestiário, pegou sua bolsa e saiu voando da baixada. Correu até um táxi, pediu para ir ao hotel, isso ele todo branco do talco, com chuteira, camisa, calção e a bolsa.

Nunca mais voltou ao CAP, nem para receber.

Só uma coisa: dos 5, todos se transformaram em mediocres e com fama da gaveteiros. Nunca mais fizeram nada de importante nos gramados. Mas isso aí não é consolo nenhum, pois tinhamos perdido um titulo que estava ganho.

Uma Odisseia em Pato Branco


Jogo em Pato Branco. Nós com uma verdadeira seleção. Ano: 1982.
Chegamos a cidade e como sempre fazíamos ficamos no centro. Estacionamos o ônibus perto da igreja e fomos andar pela cidade. Antes, adverti a todos para se comportarem, pois sabe como é: prevenir nunca é demais.
Fui tranqüilo, já que não tínhamos nenhum mau elemento no meio (isso eu achava). Devo ter ficado, mais ou menos, meia hora fora quando chegam 3 membros da torcida gritando que estavam prendendo o ônibus e todos dentro dele.
Fui correndo ao ônibus e na frente do ônibus estava o padre e uma rádio patrulha. E dá-lhe esporro em alemão... Tentei saber o que aconteceu, daí o padre me diz com aquela voz inconfundivel de alemão de campo de concentração:

"A bummmba a bummmba, não consegue rezar missa pela barulho da bumba"

Daí fui saber que o Antártica (imaginem o porquê do apelido) tinha acordado e resolvido tocar o surdo, só que era hora da missa das 8:00!!! E ele tocou tanto que o padre ficou puto e foi acompanhado pela paróquia ver da onde vinha a tal "BUMBA".

Falei com o padre, falei com a polícia, pedindo mil e uma desculpas. E, finalmente, fomos liberados, mas não sem antes ouvir do padre (ele fazia parte da direção do Pato Branco): "Vocês escaparaammmm, mais a tarde se preparemmmm pois vcs não saemmmmm inteirrrossssssss da jogo".

Fiquei super preocupado... Tiramos o ônibus e ficamos ali pelo centro de Pato Branco (que conhecemos em mais ou menos 30 minutos).

Bem... Chegou a tarde e fomos pro jogo!!!

Atlético invicto, o campeonato todo batendo em tudo e em todos. Todos acreditavam em mais uma vitória.
Aí, começa o surreal...
Chegamos no estádio... O chefe do policiamento chega e diz (juro por deus): "Vocês vão ficar no gol dos fundos. Entrem quietos e saiam calados. Se não o pau vai cantar"..................
Eu falei: "Pô, o senhor está dizendo que a policia vai bater na gente se gritarmos algo?"
Ele me responde: "De jeito nenhum, só vamos tirar os policiais da divisão de torcida e vcs que se garantam!"
Imaginem a cena... Nós em 30 pessoas contra, nada mais nada menos, que 4 mil torcedores adversários.
Como de bobo não tenho nada... Conversei rapidamente com o pessoal... Tínhamos levado umas 15 bandeiras e na época era permitido a entrada de bambu.
"Bem pessoal se o bicho pegar quebrem os bambus e se defendam".
O estádio encheu!!! Gente que vinha de todo lugar. Ficamos sabendo depois que o padre fez discurso na rádio da cidade, meio que assim "Olha vieram da capital e profanaram a igreja, desrespeitaram nossa cidade".
Até gente que nunca tinha ido a campo foi. E todos olhavam pra nós com aquela gana.

Só pra resumir... Quando o ônibus do Atlético chegou, teve não um mais todos os vidros quebrados!!! Meus amigos... era pedra que não acabava mais. A polícia só não contava que dentro do ônibus estava um Coronel da PM junto da delegação.

Ele desceu, chamou o Capitão da PM do estádio e desceu borracha. Os jogadores entraram no estádio. Bem,
 imaginei, agora beleza!!! Me enganei, e muito!
Quando olho do lado, uma das nossas bandeiras pegava fogo. Pô, mais da onde? Daí fomos ver que a piazada da cidade entrou por baixo das arquibancadas (que eram de madeira na época) e tinha tacado fogo em 5 bandeiras nossas.

Dá-lhe apagar fogo e bater na piazada em baixo da arquibancada (depois descobrimos que um dos rapazes, justamente o que eu tinha dado uns cascudos, era filho do prefeito).
Se o clima já era ruim... PIOROU!!!! E muito... era um tal de "seu preto fdp para cá", "vocês vao morrer"... e isso era o mais ameno de gritavam.
Juras e mais juras de que não sairíamos vivos (eu principalmente) de lá!
Começa o jogo e, pra ser sincero, era o que menos me importava naquela hora. O clima dentro do gramado era pior ainda... Era dirigente do Pato Branco entrando em campo... Era Prefeito em campo... O time do Pato Branco batendo do pescoço pra baixo e o arbitro sem dar nenhum cartão.

Já com 30 minutos do 1º tempo, 7 jogadores do Atlético já tinham cartão amarelo e os jogadores do Pato nenhum. Que fez nosso treinador???  Tirou 3 jogadores que já tinham amarelo e mandou que nossos jogadores não dividissem mais nenhuma jogada!!!
Enquanto isso, na arquibancada... Todos os bambus já tinham sido quebrados e estávamos na 30ª briga... De repente só escutei: GOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL.

Virei pro campo, Atlético 1 x0.

Pensei rapidamente: "Meu Deus!!! Por quê??". Comecei a procurar uma maneira de sairmos vivos de lá.

Daí, notei que, por baixo da arquibancada, tinha um caminho que dava pro muro do terreno ao lado... Cheio de mato bem alto e que depois deste terreno já tinha a BR.
Chamei o motorista do ônibus e falei: "Olha, faltam uns 30 minutos pra acabar. Sai devagar, pega o ônibus e leva ali pra BR e espere".
O Atlético ganhou de 3 x 1  (se não me engano). Juro que não vi nenhum gol!!!

Faltando 15 minutos, um a um dos nossos torcedores foram descendo, pulando o muro e fugindo do estádio... Tentem imaginar a cena.... Era gente com instrumentos musicais, outros com bandeiras e outros só correndo pra salvar a própria pele.

Bem, fui um dos últimos... Correndo e vendo uma chuva de pedra cair por todos os lados. Entramos todos no ônibus, estilo filme policial com ele em movimento e fomos embora. Todos inteiros e sem saber o resultado do jogo.

Todo mundo feliz pensando: "Ufa, escapamos desta..." Ledo engano... uns 10 km depois: bloqueio e o pessoal da cidade nos esperando.
A sorte foi que o motorista não pensou duas vezes e meteu o ônibus por cima de uma Bellina que tinha sido atravesada na pista. Bateu e jogou a Bellina pra fora da pista... Daí sim fomos realmente embora.

Paramos para conserto e jantar... Sei lá, uns 100km depois estávamos todos lá querendo saber algo do time. Quando chegou o ônibus com a delegaçao tinha jogador ainda de chuteira. Ficamos sabendo que também tinham saído corridos do estádio... Até marca de bala achamos no onibus do CAP.

Bem... Esta partida foi no 1º turno. Não preciso dizer que NUNCA mais voltei a Pato Branco... Nem mesmo passei perto de lá!

O Ventriloquo !!!!


O que era o ATLETIBA na década de 70???

Nosso time era mais uma vez quase que ridículo, mas a curva dos fundos, onde ficam os verdinhos hoje, era inteirinha nossa e estava mais uma vez lotada.

O Coritiba tinha Maisena e Puruca, mais o Eli Carlos no time, sem citar o Jairo no gol e o cafajeste do Hermes na zaga.

Só pra vcs terem uma idéia: o grande jogador do CAP era o Taquito(Ventriloquo) e, era verdade, ele era ventriloquo mesmo.

Começa o jogo, eu só vendo aquela gente meio louca gritando e vibrando por um time que, Deus me livre, para chamar de fraco tinha que melhorar muito.

Só dava Coritiba. No 1º tempo gol dos coxas (e pra minha surpresa) o juiz anulou. Impedimento. Bola na trave e nenhum ataque nosso.

Termina o 1º tempo e quem chegasse naquela hora, pensaria que quem estava ganhando ou jogando muito era o Atlético.

Começa o segundo tempo e só dava Coxa, mais um gol deles e mais uma vez foi anulado.

A torcida do Atlético parecia um verdadeiro bando de lunáticos. Apesar do domínio dos coxas, não parava um minuto de gritar. Eram centenas de bandeiras balançando ao vento. Todos nós já vibrando com este empate contra um time monstruosamente superior.

Veio o lance final...

47 minutos do segundo tempo. Escanteio para o Coritiba. Todos sobem ao ataque. O Taquito, com as mãos na cintura, no bico esquerdo da nossa grande área, era o jogador mais adiantado de nosso time. Nossa torcida calou. Todo estádio só esperando o gol dos Coxa.

Bateram o escanteio e, nessas coisas que só a bola sabe, ela explodiu em direção ao Taquito. Ele começa a correr e a loucura se instala no estádio. O desespero da defesa dos Coxas... É simplesmente fabuloso!!!

Imaginem a cena: ele (Taquito) correndo feito um fundista e todo, sim todo time do Coritiba, correndo atrás dele...

A torcida do Atlético parecia que corria junto... Todos tensos... Não se ouvia nada, só o som de milhares de gargantas gritando: "VAI TAQUITO,VAI TAQUITO"

Chegando na grande área dos Coxas, a figura gigantesca do Jairo (uma verdadeira muralha negra) cresce na frente dele. O Hermes tenta dar uma voadora mais erra o alvo.

Taquito, já cansado, chuta................... A bola corre... Jairo pula certinho no chute rasteiro... E a mão gigantesca dele vai pegar a bola ................

Nossa torcida cala............. A defesa é certa ..........................

Mas... um montinho, ou um toquinho de grama divino, faz com que a bola pule e passe por cima das mãos gigantescas do Jairo.

Não sei se demorou 1, 2, 3 ou 10 segundos a trajetória da bola...  Mas eu olhava e via gente pasma, tensa, que não gritava, só olhava e pedia a Deus para que esta bola, neste mísero chute, entrasse.

O que me lembro depois é um som que nunca mais saiu da minha mente...
GOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLL

Do Atlético... Aos 47 minutos do segundo tempo...

Taquito tira a camisa, joga no meio da torcida dos Coxas e cai desmaiado.

O Coxa deu a saída e o juiz encerrou a partida.

Nossa torcida ficou ao menos uma hora dentro do estádio vibrando. De novo, peço que vocês imaginem a cena:

Milhares de pessoas saindo andando do Couto Pereira e indo juntos, cantando e vibrando, em direção a Baixada. Passando pelo meio da cidade. A Rua XV tomada do começo ao fim... Só se via um mar de vermelho e preto... Centenas de bandeiras, pessoas que não se conheciam abraçadas, rumo a baixada.

Chegamos lá uma hora depois do fim da partida e a praça do Atlético estava simplesmente tomada de nossa gente. A festa foi demais...

No dia seguinte, a tribuna do saudoso Amatuzze, estampava em letras garrafais:

E O POVÃO ,CANTOU E VIBROU  NO ALTO DA GLORIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

neste endereço a narração do IMORTAL LOMBARDI JUNIOR ANO 1976...ARREPIANTE
http://www.gazetadopovo.com.br/esportes/campeonato-paranaense/conteudo.phtml?id=1253292

A Vozinha do Capeta !!!!








Nós tínhamos Nivaldo, Sotter, Jair Gonçalves e muitos outros bons jogadores. Jogo nervoso e 

difícil e, pra ajudar, o árbitro era o rei do empate em clássicos: Afonso Vitor de Oliveira.

Nessa época, tínhamos muitas torcidas: a Fanáticos, os Guerrilheiros da Baixada, a E.T.A.F. 

(Esquadrão da Torcida Atleticana Feminina), a Torcida Atleticana de Antonina e a NAÇÃO 

Atleticana, a qual eu fazia parte na época. Ocupávamos o gol de entrada do couto e a Nação ficava 
bem na divisa com a torcida dos verdinhos, quase na reta.Como é natural da torcida atleticana... 

Festa divina, muito talco, muitas bandeiras, papel picado e tudo de bom que tínhamos 

na época.O bandeira deste jogo (me recuso a falar o nome) sempre que tinha oportunidade 

prejudicava o Atlético. Não só nesse, mas em outros jogos, sempre tentando de tudo contra o 

Atlético. No primeiro tempo tivemos ao menos 4 chances reais de gol, mas todas eram barradas 

com os alegados impedimentos do ataque. O bandeira errou em ao menos 3 lances fáceis. Sempre 

contra o Atlético. A torcida já tava muito p..... com o sujeito e ele só estragando o jogo.Quando 

veio o segundo tempo e junto o lance que decidiu o clássico. Contra-Ataque coxa, e o bandeira 

levanta a bandeira marcando o claro impedimento dos verdes. A defesa atleticana titubeia 

esperando a marcação, mas ele (o bandeira) abaixa rapidamente a bandeira e manda o lance 

correr. Continua a jogada e gol de Lela.A torcida explode de raiva. Os jogadores espumam de 

raiva. Todos do nosso lado inconformados com o lance. Estoura uma violenta briga entre 

torcedores do Atlético e do Coritiba na divisa de baixo das torcidas. Do lugar onde eu estava, vi 

que tinha muitas crianças na confusão. Não pensei duas vezes: fui lá em baixo para ver se 

conseguia parar com a briga. Quando desci, desceu ao menos mais 20 membros da torcida junto. 

Quando chegamos lá, a confusão já tinha praticamente sido controlada pela policia militar e o jogo 

continuava.Foi quando ouvi a tal VOZINHA DO CAPETA!Alguém falou no meu ouvido: "Entra lá 

e bate no bandeira MARCÃO!!!"Quando olhei, a torcida de baixo já tinha feito um baita buraco no 

alambrado. Fiquei cego na hora. Quando vi,  já estava dentro do gramado correndo e  agredindo o 

bandeira.A torcida atleticana neste momento explode. Começam a gritar meu nome "Marcão, 

Marcão, Marcão". Senti o que muitos jogadores sentem quando tem seu nome gritado pela torcida 

e posso dizer a vocês que é embriagante. Você se sente o máximo, indestrutível, invencível.E a 

tal vozinha me fala, mais uma vez, bem baixinho: "Pô, você já tá aí. Então vai lá e bate também no 

juiz e acaba com a partida."E eu, feito um imbecil, fui. Só tinha me esquecido que estava com um 

daqueles tênis chinesinho (quem teve ou usou um sabe que pra escorregar não tem coisa melhor). 

Corri, corri, corri e, quando fui tentar frear minha corrida, fui escorregando em direção ao Afonso 

Vitor..... Ele me escorou, eu caí e veio a besteira da PM. Em vez de rapidamente me imobilizarem e 

me retirar do estádio, vem um capitão da PM e diz bem alto: "Quebra o braço dele, quebra o braço 

dele".O Nivaldo, que estava perto, vai pra cima do PM que me segurava e, do nada, o Rafael entra 

no meio batendo em tudo e em todos. A PM me leva em direção ao vestiário do Atlético. O Nivaldo s

só fala para eu cair e depois sai correndo pro nosso vestiário. Mais do que ligeiro, caí. E assim que 

o PM me soltou, saí correndo para o vestiário.Nesse caminho, descendo a escada, dou de cara com 

o tal Capitão. Não pensei duas vezes: meti os dois pés nele e continuei minha corrida pro 

vestiário.Entrei no vestiário e o tal feiticeiro tenta me tirar pra fora. Nunca me esqueci... O Nivaldo 

peitou ele e não deixou que o feiticeiro me tirasse do vestiário.Do lado de fora a coisa não parou. A 

PM tentando entrar no vestiário e os jogadores não deixando.Depois de muito tempo, o Sr. José 

Carlos Ciccarrino (uma das grandes pessoas que conheci em minha vida e com  quem, infelizmente, 

errei feio), presidente da Nação na época,disse vem.Nos preparamos para tentar sair. Chego na 

porta e tem um senhor baixinho, bem trajado, me esperando também. O corredor estava cheio 

de PMs doidos para pôr as mãos em mim.Do nada, aparece o tal Capitão e empurra o senhor 

baixinho (nunca soube seu nome). Olha para mim e diz: "Você está preso!" O senhor baixinho pede 

calma e tenta argumentar com o capitão. O capitão, pra lá de brabo, grita:"SAI DA FRENTE 

BAIXINHOO senhor, que até aquele momento pedia calma e falava baixo, solta um 

grito:"BAIXINHO É A SUA MORAL. PARA VOCÊ SOU VOSSA EXCELÊNCIA (e mostrando a 

carteira).SOU DESEMBARGADOR DO ESTADO E SE ALGUÉM TOCAR NO MARCÃO VOCÊ 

VAI CUIDAR DO SEMÁFORO DE QUITANDINHA..........."O silêncio que se seguiu foi enorme.

senhor me pegou pelo braço e fomos passando no meio dos PMs. Estes babavam de ódio, mas não 

encostaram um dedo em mim.Quero dizer que realmente, não só da boca pra fora, me arrependi de 

tudo que fiz neste dia, pois muitas pessoas poderiam ter até morrido e se ferido seriamente em uma 

atitude IMBECIL que tive.A única coisa boa, por assim dizer, foi que eles, os verdinhos, ganharam 

mas não puderam comemorar saíram calados do alto da gloriae hoje em dia tenho uma boa 

amizade com o Afonso Vitor que, apesar de ter errado muito contra nosso atlético, é gente boa.

Fundação da Fanáticos 2 parte

foto historica da fundação
Nunca eu e muitos dos fundadores queríamos que o nome fosse TORCIDA ORGANIZADA OS FANÁTICOS, era pra ser só OS FANÁTICOS.

Tivemos um jogo, na antiga Vila Capanema, contra o extinto Colorado. Um dos membros da torcida tinha ligação com o deputado Euclides Escalco e pediu a ele uma faixa monstro. Só pra vocês terem uma idéia, a faixa pegava quase toda a reta da Vila Capanema.

Mais uma vez o acaso do pintor: ele cismou que só OS FANÁTICOS ia ficar desproporcional  e colocou TORCIDA ORGANIZADA OS FANÁTICOS. Como a faixa chegou em cima da hora, só fomos ler o que ele tinha escrito depois da faixa aberta e como todo mundo elogiou o tamanho da faixa deixamos assim mesmo.

Fomos para a final do paranaense de 78 contra os porcos verdes. Eu fazia sim parte da fanáticos. Era sim o responsável pela torcida. Fizemos uma festa linda, mas o tal jantar com o falecido chinês lá em santa felicidade com um jogador nosso, pôs tudo a perder.

Coisas ruins... E agora é a hora de assumir meus erros. Sei que foram muitos, principalmente não ouvir  os outros. Eu era metido e arrogante ao extremo, me achava insubstituível. Em suma um verdadeiro babaca. Meu negócio não era organizar, era gritar durante 90 minutos e agitar a torcida, daí sendo bem simplista ouve a fatídica reunião “dona Baixada” em que eu estive presente com um livro ouro para tentar comprar instrumentos e mais bandeiras.

Cheguei na Baixada e me deixaram entrar na reunião, ninguém queria ajudar com nada. Na mesa estava o já falecido Luck, de repente o também já falecido (os jovens guardem bem este nome) Willkes Amazonas levantou e fez um dos mais belos discursos, acho que da historia do Atlético; foi inflamado e ao final me chamou a mesa e fez questão de assinar o livro e pedir para mais pessoas assinarem.

Muitos assinaram, não quero mentir então só posso chutar, foi arrecadado em dinheiro de hoje uns 800 ou 900 reais. Peguei o dinheiro e levei para casa.

Dois ou três dias depois, eu e mais dois membros da torcida fomos ali na Fernando Sartori, na Rua Riachuelo e compramos alguns instrumentos, dividimos em 2 vezes. Demos a metade, algo em torno de 500 reais, faltando pagar uma parcela de 400 reais quando desse, sem data pré fixada.

Eu tinha uma viagem marcada para o Rio Grande do Sul e fui. Antes disso, disse pro pessoal da torcida (vejam eu tinha 17 anos) que iria, mas voltava em mais ou menos 60 dias, iria usar o dinheiro e depois repor.

Quando voltei achei meio estranho o comportamento de muitos da torcida... Vim a saber que eu era tachado de ladrão.

Espera aí! Eu fiz o livro ouro, se era para roubar, era só ter pego o dinheiro e não dizer nada a ninguém. "Foi meu maior erro", pensei comigo, "já que sou ladrão não vou devolver nada". E não devolvi.

Se arrependimento matasse... Tinha morrido ali mesmo. Pois, o que fiz foi dar armas aos que nunca gostaram de um negro sendo chefe de torcida do Atlético. É a mais pura verdade!

A primeira excursão da torcida foi para Maringá, com uma kombi cedida pelo falecido Aziz Domingos. Empatamos o jogo e apanhamos na volta ainda, capotamos a kombi logo após Ponta Grossa.

O que fiz de errado, fora o que já disse acima, foi encher o saco de conselheiros pedindo contribuições. Pedi até para torcedores do Coritiba e do Colorado. Mas, sempre a torcida tinha talco, bandeiras, faixas, etc.

Vejam, não tínhamos ingresso de graça, quem arrumava entrada para nós era o Sr. Fantinato, que na época era da Federação e o Toscane do Coritiba que sempre deixava entrar 5 ou 10 a mais nos atletiba. Tínhamos um chato como eu que enchia Deus e o mundo para que a torcida fosse aos jogos.

Para finalizar, não escrevi isso tudo para fazer culto pessoal e nem para dar uma de santo, pois não sou. Escrevi para contar a verdade assumindo todos meus erros, mas acho que acertei mais do que errei.

As únicas pessoas a quem peço desculpas são ao Nelson Carneirinho, ao Mauro Merlin, ao Francisco e ao Sig por terem seus nomes ligados ao meu. Eles não foram colocados no devido lugar da historia da fundação da fanáticos. Aceito sim que não coloquem meu nome, mas estes quatro atleticanos deram a cara para bater e merecem ser reconhecidos como fundadores verdadeiros e legítimos da TORCIDA ORGANIZADA OS FANÁTICOS.
Só pra encerrar, a data da fundação foi a do jogo Atlético x Brasília, mesmo que tivesse só uma pessoa lá - coisa que é mentira, pois estavam todos lá. Então é a data verdadeira da fundação.

Fanáticos Fundação a Verdade !


O ano era 1977. O Clube Atlético Paranaense tinha apenas a Torcida Independente Atleticana (do coronel, pai do Louremar, que por muitos anos levou a torcida a campo pagando tudo do seu bolso).

E eu, Marcos Mattos, achava que tínhamos espaço para mais uma torcida no Atlético, coisa que continuo achando.

A E.T.A. tinha encerrado suas atividades após o jogo em Maringa, onde foi queimada a faixa da torcida.

Durante 3 ou 4 jogos procurei jovens como eu que gostariam de fundar e participar de algo novo em termos de torcida para o CAP. Falei com muita gente... Alguns tiveram interesse, consegui juntar as seguintes pessoas para as primeiras reuniões (foram 4 no total):

- Nelson. Hoje professor universitário, apelidado de Carneirinho por causa do seu cabelo. Só não dou seu nome completo pois o mesmo me pediu isso para não dar problemas na faculdade.

- O Sig. Isso mesmo Sig, a quem peço perdão pois nunca gravei seu sobrenome. Ele era filho da dona da pensão em que fizemos todas as reuniões. P.S.: Só pra constar as reuniões foram ali na Rua Tobias de Macedo, bem ao lado do famigerado cinema, hoje é uma imobiliária.

- O Francisco Gonzaga da Silva, que hoje é contador com escritório, pelo menos da última vez que falei com ele, ali na Rua XV, no numero 362.

- O Mauro Merlin. Hoje também professor de faculdade em Curitiba e que por sinal escreve muito bem.

- Eu, Marcos Mattos, morando atualmente em Recife. Longe desta maravilha que é Curitiba. Sou Encarregado de Manutenção de uma grande Empresa aqui.

Estes foram os verdadeiros fundadores!

Nas 4 reuniões nosso maior problema era achar um nome. Tentamos de tudo: Gaviões da Baixada, Torcida Jovem Atleticana... todos nomes já manjados e batidos.

Até hoje tenho dúvidas de quem realmente bolou chamar a torcida de  FANÁTICOS. O Carneirinho diz que fui eu. Eu acho que foi o Francisco. O Francisco acha que foi o Sig. Pro Sig e pro Mauro eu nunca perguntei se sabem quem deu o nome FANÁTICOS.

Compramos 5 metros de mourim preto, pois o vermelho era caro demais para nós (para os mais jovens... todas as faixas da época eram feitas de mourim). E pagamos um pintor para escrever em vermelho OS FANÁTICOS.

Na véspera do jogo de estréia, no brasileiro de 77 contra o Brasília

http://futpedia.globo.com/campeonato/campeonato-brasileiro/1977/10/16/atletico-pr-1-x-2-brasilia
 o qual por sinal perdemos, fomos pegar a faixa e o idiota tinha pintado as letras em branco, não em vermelho. O cara justificou que se escrevesse em vermelho ninguem veria.

Fomos ao jogo nós 5. Só nós 5.

No estádio, convidei uma pessoa a entrar para FANÁTICOS: o Bellotto, que tinha uma grande bandeira do Atlético
Uma boa coisa e que neste mesmo dia fazia sua estreia a torcida jovem do atletico,vimos que era formada por 4 ou 5 estudantes ,fomos falar com eles e fizemos uma fusao na hora ,faziam parte dela o maucir e muitos outros que me desculpem  nao lembro o nome
e ficou assim seria chamada de torcida os fanaticos,pois era para ser so fanaticos sem o torcida,cortamos da faixa da torcida jovem a palavra torcida e emendamos o começo da faixa era vermelha e a outra metade preta ficou legal
Daí em diante era quase uma ordem: todos que tinham bandeiras eram convidados a entrar para FANÁTICOS. Pois nós não tinhamos nenhuma bandeira.

Bem, aos trancos e barrancos, foi sendo firmado o nome e a torcida cresceu muito. Talvez até rápido demais... tinha muita gente entrando.
Vamos começar com as coisas boas e ruins...

Em 1978, a torcida seguia cada vez mais forte e já era a maior torcida do CAP. Sem sede, sem instrumentos... Era praticamente só bandeiras, gritos e muito talco.

Ao contrário do que se diz, a torcida tinha sim um responsável por ir atrás de quase tudo que conseguíamos. Quando qualquer pessoa queria entrar, todos diziam: "Fala com o Marcão, ele é o responsável".

P.S.quem corria atras de talco de bandeiras e de muito mais coisas era o dito cujo aqui,mais no proximo seguimento conto coisas boas e ruins,que fizeram parte do começo da fanaticos.