sábado, 10 de setembro de 2011

O Machão Verdinho

É mais ou menos como se fosse uma fabula da borboleta. Mas, infelizmente, para mim verdadeira.

Há muito e muito tempo atrás, os verdinhos tinham entre um de seus membros um sujeito extremamente alto e forte. Metido a bater em tudo e todos. Era o terror em jogos dos verdinhos. Brigava com 3 ou 4 numa boa.

Eu, que de bobo nao tinha nada, sempre o evitava mas sempre notava que ele me olhava direto nos olhos e nao parava de me encarrar. Isso era sempre!

Com o tempo fui ficando meio que até com medo dele, pois as encaradas só aumentavam e eu via a hora em que ia tomar uma baita surra dele.

Nestas coisas da vida... Um belo dia estou na nossa Rua XV quando vejo o machão verdinho vindo em minha direçao. Mas que ligeiro, saio andando tentando escapar da provavel surra que ia levar. Vira daqui, vira de lá e nada. Ele sempre atrás de mim e cada vez mais perto.

Já sem alternativas resolvi parar e encarrar o bicho ..............

Ele veio cada vez maior e parou em minha frente. Me olha de cima em baixo, dá um tempo e fala: "Pô você saiu rápido. Eu só quero conversar com vc. Faz tempo que quero conversar com você, sempre achei você um cara bonito, simpático e tenho que te confesar: há muito tempo quero ver se conseguia ficar junto com você e quem sabe ir até meu ap para conversarmos e ..... sei lá nos conhecermos melhor."

Só aí eu compreendi o que ele queria: não era me bater, era soltar a borboleta que anciava bater asas de dentro dele.

Mais que ligeiro, e procurando não ofender o mordedor de fronha, fui descartando o assunto mostrando a ele que meu time era outro e que mesmo não tendo nada contra, não fazia minha praia.

Depois de muitos anos soube que o dito machão tinha mudado para São Paulo onde tinha se casado com um famoso travesti.

E o que digo: atrás de todo machão batedor, bate mesmo as asas de belas borboletas coloridas e carinhosas.

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